Recentemente as “divisões” vem se tornando cada vez mais latentes. É dolorido saber que a cor de uma pessoa desperta tanto ódio. A cada dia que passa a intolerância se torna mais evidente, não existindo limites.
Mas o que torna o ser humano tão hipócrita, ao ponto de pensar que a cor do outro importa? O que faz o “homem” odiar tanto seu próximo pela cor? O que faz o “ser” pensar que é melhor que o outro, pela cor, raça, credo ou mesmo por posição social?
É fato que muitas indagações ainda não possuem resposta. A verdade é que ninguém tem explicação, muitos não sabem nem de onde esse racismo vem, estão manipulados por veículos midiáticos, muitas vezes indiferentes, que disseminam o ódio.
O preço pago hoje para aqueles que causam, ou mesmo propagam a intolerância e o ódio é muito barato. Na verdade, não deveria existir uma pena prevista no código civil ou penal, mas a educação e o bom senso deveriam prevalecer.
É muito triste saber que aquilo que causa indignação, pode satisfazer a alma do outro, a dor que o racismo causa pode ser alimento da alma daquele que julga meu semelhante.
O racismo é uma forma de distinção e preconceito, baseado em diferenças raciais. Envolve a crença de que algumas raças são superiores a outras, originadas em tratamento desigual e injusto. O racismo pode manifestar-se de várias maneiras, incluindo insultos, estereótipos negativos, exclusão social, exclusão institucionalizada e até mesmo violência em que alguns casos podem levar a morte.
Sabemos que o racismo complexo é uma questão social e histórica, enraizada em ideologias e estruturas de poder que perpetuam a desigualdade. Por muito tempo isso causa sofrimento e injustiça para muitos indivíduos e comunidades. Ao longo dos anos, pessoas tiveram famílias dilaceradas, na época da escravidão. O combate ao racismo requer esforços contínuos de
educação, promoção da igualdade de oportunidades e ações para eliminar as barreiras que perpetuam a deficiência racial.
É importante reconhecer que todas as pessoas têm o direito à igualdade, dignidade e respeito, independentemente de sua raça, cor de pele, origem étnica ou nacionalidade. A promoção da diversidade, inclusão e justiça social é essencial para construir uma sociedade mais equitativa e livre do racismo. É importante que as instituições sociais, políticas e de preservação de valores e direitos, devem incluir cada vez mais no cotidiano o respeito ao próximo. Somente através do respeito iremos conquistar uma sociedade mais justa.
Não podemos acreditar que uma sociedade em que o sucesso de um cidadão de cor causa repulsa aos olhos de quem o vê. É lamentável saber que alguém alimenta o sentimento de ódio, como mencionado anteriormente, trazendo à tona emoções negativas e conseqüências diversas, situações prejudiciais ao bem estar emocional e mental.
É importante salientar que a humanidade deveria examinar seus próprios pensamentos e crenças que alimentam o ódio, pois com ele surgem os preconceitos, esteriótipos e a incompreensão. Devemos nos lembrar que se este sentimento persiste dentro de si, é importante buscar a ajuda de um profissional. Todos somos seres humanos e estamos aptos ao erro, mas eleger e nutrir estes sentimentos só nos faz ter uma vida mais solitária e sombria.
Cultivar o respeito, a empatia, a tolerância e o amor, pode trazer mais sentido a vida. Precisamos olhar a nós mesmos e identificar nossas imperfeições, para que, ao olhar o próximo, enxerguemos um ser igual, independente da cor. Devemos sentir a compaixão, ter aceitação em todos os sentidos, ver a vida de forma mais clara e limpa, tendo a certeza de que todos somos filhos do mesmo criador, e que a vida é muito mais importante do que a cor da pele…
Carlos Antonio Rodrigues (Bananal)