Na manhã da última segunda-feira (5), a Prefeitura Municipal de Sacramento concedeu uma viatura 0km para auxiliar no patrulhamento escolar do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), projeto de educação preventiva da 184ª Companhia de Policia Militar de Sacramento. O veículo, que irá beneficiar cerca de 550 crianças de nosso município, foi adquirido através de emenda parlamentar do Deputado Estadual Bosco, com indicação do vereador Marcio Luiz de Freitas (Marzola).
A cerimônia de entrega da viatura de patrulhamento escolar, realizada na sede do quartel “Cabo João Batista”, contou com a presença das seguintes autoridades: a primeira-dama Maria Teresa Abrate Melo, que na oportunidade representou o prefeito Wesley De Santi de Melo; o vice-prefeito Osmar Trevisan Junior; o Deputado Estadual Bosco; os vereadores Gregório Pinheiro, Marcio Luiz de Freitas (Marzola), Sargento Edna, Professora Leia, Carlos Rodrigues (Bananal) e Dr. Talhys Andrey; o comandante da 184ª Cia de Policia Militar de Sacramento, Capitão Wagner Nascimento; e a responsável pelo PROERD em Sacramento, Soldado Rita Fachinelli.
As autoridades do município agradeceram a grande parceria com o Deputado Estadual Bosco, especialmente nas ações em benefício da segurança pública de Sacramento.
Ainda, as crianças do Coral Doutora Ivone Regina Silva, da Escola Estadual Sinhana Borges, apresentaram um número musical em agradecimento pelos investimentos no PROERD e na segurança das escolas.
O que é o PROERD?
O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) é um programa educacional brasileiro que tem como base o DARE (Drug Abuse Resistance Education), programa educacional americano criado pela Professora e Psicopedagoga Ruth Rich em conjunto com chefe do Departamento de Polícia da cidade de Los Angeles Daryl Gates em 1983. Atualmente o Programa está presente nos 50 estados americanos, e em 58 países. Apesar de sua difusão, diversos estudos indicaram a ineficiência do programa, incluindo o do Surgeon General of the United States que em 2001 classificou o programa DARE como ineficaz. O Government Accountability Office realizou um novo estudo dois anos depois e obteve conclusões similares ao relatório do Surgeon General. Em consequência disso, o Departamento de Educação dos Estados Unidos cortou o financiamento ao DARE em 2004 enquanto outros órgãos do governo do Estados Unidos reduziram significativamente o financiamento do programa (que passou de 10 milhões de dólares em 2002 para 3,5 milhões de dólares em 2012). Isso forçou a organização responsável pelo DARE a reformular o programa entre 2004 e 2009, adotando um novo currículo pedagógico chamado keepin’ it REAL. No Brasil ele chegou em agosto de 1992 introduzidos por policiais estadunidenses na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, sendo que desde 2002 se encontra em todos os estados do Brasil. Em 2021 um estudo da Universidade Federal de São Paulo realizado em escolas do estado de São Paulo e publicado nas revistas científicas International Journal of Drug Policy e Prevention Science indicou que o programa Proerd foi considerado ineficaz.
Em 2005, Miriam Abramovay e Mary Castro apresentaram resultados de pesquisa sobre drogas com estudantes de 14 capitais do Brasil. Esta versão resumida condensa trabalho maior, publicado em 2002, a partir da análise de vários indicadores. Os dados trouxeram um retrato importante do modo como o tema perpassa o cotidiano escolar e sobre como pensam e se comportam os jovens com relação à questão. As autoras defendem a escola como espaço legítimo para abordagem do tema, dada sua importância como locusde formação. Defendem não somente o tema como parte do projeto pedagógico das escolas como ainda a possibilidade de uma outra escola, capaz de proteger a comunidade e ressignificar a vida em sociedade a partir de uma nova abordagem às drogas.