sábado , 5 outubro 2024

O Adeus a Princesa da Visconde do Rio Brande, a eterna Porta Bandeira Dalva.

A cultura de Sacramento especial o movimento afro amanheceu mais órfã na última sexta-feira (30) com falecimento de Dalva Maria Silva ou mais conhecida como “Princesa da Visconde do Rio Branco” ou Dalva Porta Bandeira, era que faleceu de insuficiência cardíaca e choque cardiogênico, às 02:00hs da manhã na Santa Casa de Misericórdia de Sacramento.

Durante suas exéquias que foram proferidas pelo ministro Luiz Alberto Silva e amigo da família, ressaltou a importância de Dalva para cultura de Sacramento que ela foi uma grande mulher e guerreira, no carnaval inegável sua participação como parte histórica, no movimento afro através da dança e dos desfiles, na congada sempre com carinho e zelo preparava as imagens de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

Dr. José Alberto Bernardes Borges ex-prefeito de Sacramento e para quem Dalva dedicou quase sua vida inteira funcionária ressaltou a grande mulher que Dalva foi, agradeceu por tudo que fez por ele e família, enalteceu como a princesa da Visconde do Rio Branco devido sua participação do Carnaval e ainda relatou sobre deliciosos pasteis que Dalva fazia.

Cid em nome da congada falou emocionado de quem foi Dalva para cultura negra de Sacramento e do seu carinho por tudo que fazia e por todos que tinha alegria de sua companhia, entoando ao final de sua fala lindos hinos cantados pela congada. Com certeza a maior incentivadora da cultura negra, não medindo esforços para fazer tudo acontecer da melhor forma possível

Dalva Maria, filha de Sebastião e Maria José. Caianas de tradição sacramentana, vindos dos Araxás. Rainha altiva da passarela o samba na Av. Visconde do Rio Branco que se iluminava quando ela passava, brejeira e encanta, levando com nobreza a bandeira de sua escola, chamada a princesa. Sacramento lhe aplaudia de pé.

Foram mais de 20 anos de reinado e imbatível na passarela do samba, emprestando seu ideal de samba na fundação das escolas Mocidade Alegre e Beija-flor Sacramentana. Ao lado de Íris Inácio de depois suas sobrinhas queridas participaram e movimentaram o movimento afro em Sacramento.

Dalva, quituteira famosa, companheira leal, doce e amiga da casa onde trabalha. E muito querida por seu patrão Dr. José Alberto Bernardes Borges.

Dalva nasceu em janeiro de 1949, em Sacramento, bisneta de índios que o laço escravo amarrou, neta de descendentes de negro da Costa e africanos de Cabo Verde. Dalva representava toda uma raça que com as forças dos braços ajudou a construir esta nação, raça que foi subjugada em um passado que nos envergonha, mas que resistiu bravamente e conquistou o sonho acalentado em todos os corações: o Ideal da Liberdade.

Dalva recebeu inúmeras homenagens dentre elas moção de congratulação Carolina Maria de Jesus em 2014, na avenida Visconde do Rio branco por onde desfilou o seu sorriso, duas vezes teve sua caricatura exposta na decoração como uma das personalidades do carnaval.

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